
A Semana Santa é uma tradição religiosa cristã que celebra a Paixão, a Morte e a Ressurreição de Jesus Cristo. Ela se inicia no Domingo de Ramos, que relembra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém e termina com a ressurreição de Jesus, que ocorre no domingo de Páscoa.
“Na Semana Santa celebramos o mistério Pascal de Cristo, a sua paixão, morte, sepultura e ressurreição. O Domingo de Ramos recorda a entrada triunfante de Jesus em Jerusalém. E nos outros dias vamos meditando até a chegada do Tríduo Pascal que começa na Quinta-Feira Santa, passa pela Sexta-Feira Santa no dia em que o Senhor morreu por amor a nós e no Sábado Santo acontece a mãe de todas vigílias para a Páscoa , no domingo, dia em que o Senhor ressuscitou”, nos diz Padre Moisés Filgueira, pároco da Paróquia Divino Espírito Santo em Padre Bernardo, Goiás.
E ele nos lembra : “Celebremos com muita atenção, devoção e nos preparemos com uma boa e profunda confissão para celebramos o mistério central da nossa fé. E não se esqueça de que Semana Santa não é feriadão e sim tempo de oração”.
A CNBB preparou um resumo sobre os dias da Semana Santa, saiba mais.
Sobre o Domingo de Ramos preparamos uma matéria especial na postagem anterior.
Segunda-feira Santa
Neste dia, proclama-se, durante a Missa, o Evangelho segundo São João. Seis dias antes da Páscoa, Jesus chega a Betânia para fazer a última visita aos amigos de toda a vida. Está cada vez mais próximo o desenlace da crise.
Terça-feira Santa
A mensagem central deste dia passa pela Última Ceia. Estamos na hora crucial de Jesus. Cristo sente, na entrega, que faz a “glorificação de Deus”, ainda que encontre no caminho a covardia e o desamor. No Evangelho, há uma antecipação da Quinta-feira Santa. Jesus anuncia a traição de Judas e as fraquezas de Pedro.
Quarta-feira Santa
Em muitas paróquias, especialmente no interior do país, realiza-se a famosa “Procissão do Encontro” na Quarta-feira Santa. Os homens saem de uma igreja ou local determinado com a imagem de Nosso Senhor dos Passos; as mulheres saem de outro ponto com Nossa Senhora das Dores. Acontece, então, o doloroso encontro entre a Mãe e o Filho.
Quinta-feira Santa
Neste dia temos uma das cerimônias litúrgicas que é a bênção dos santos óleos usados durante todo o ano pelas paróquias. O Lava-pés que é um ritual litúrgico realizado, durante a celebração da Quinta-feira Santa, quando recorda a última ceia do Senhor. Jesus, ao lavar os pés dos discípulos, quer demonstrar Seu amor por cada um e mostrar a todos que a humildade e o serviço são o centro de Sua mensagem. E ainda a instituição da Eucaristia com a Santa Missa da Ceia do Senhor, celebrada na tarde ou na noite da Quinta-feira Santa, a Igreja dá início ao chamado Tríduo Pascal e faz memória da Última Ceia.
Sexta-feira Santa
A tarde da Sexta-feira Santa apresenta o drama incomensurável da morte de Cristo no Calvário. A cruz, erguida sobre o mundo, segue de pé como sinal de salvação e esperança. Com a Paixão de Jesus, segundo o Evangelho de João, contemplamos o mistério do Crucificado, com o coração do discípulo Amado, da Mãe, do soldado que o transpassou o lado. E em muitas paróquias e comunidades, são realizadas a encenação da Paixão, da Morte e da Ressurreição de Jesus Cristo por meio da meditação das 14 estações da Via-Crucis.
Sábado Santo
O Sábado Santo não é um dia vazio, em que “nada acontece”. Nem uma duplicação da Sexta-feira Santa. A grande lição é esta: Cristo está no sepulcro, desceu à mansão dos mortos, ao mais profundo que pode ir uma pessoa.
Domingo da Ressurreição
É o dia santo mais importante da religião cristã. Depois de morrer crucificado, o corpo de Jesus foi sepultado, ali permaneceu até a ressurreição, quando seu espírito e seu corpo foram reunificados. Do hebreu “Peseach”, Páscoa significa a passagem da escravidão para a liberdade. A presença de Jesus ressuscitado não é uma alucinação dos Apóstolos. Quando dizemos “Cristo vive” não estamos usando um modo de falar, como pensam alguns, para dizer que vive somente em nossa lembrança.
Foto Porta de Assis