ORAÇÃO PELOS FALECIDOS E INDULGÊNCIAS OFERECIDAS PELA IGREJA

A Igreja celebra nesta terça-feira, 2 de novembro, a “Comemoração de todos os fiéis defuntos”. A data está na tradição católica desde o final do primeiro século como ocasião para lembrar daqueles que partiram desta vida e também para celebrar a vida em Cristo na certeza da ressurreição. Nesse período de recordação, a Igreja oferece a possibilidade de alcançar indulgências em favor dos fiéis falecidos.

Eternidade

Em artigo publicado no Portal da CNBB, o arcebispo da arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ), cardeal Orani João Tempesta, explica que a comemoração dos fiéis defuntos é celebrada um dia após a festa de todos os Santos, no calendário universal da Igreja, “para mostrar que as duas festas litúrgicas estão ligadas intimamente pela fé e pela esperança no destino eterno da criatura humana”.

A solenidade dos fiéis defuntos, ressalta o cardeal, “nos mostra que a morte é o ‘último inimigo a ser vencido’ (1Cor 15,26), e a vitória sobre a morte é o critério da esperança de todos os batizados”.

Oração pelos falecidos e indulgências

O Dia de Finados é, portanto, “um dia de oração que vivemos na saudade em lembrar daqueles que passaram aqui pela terra e agora se encontram na eternidade”. Nesta data, a Igreja motiva que os fiéis repitam a proposta que deu origem à celebração, como ir ao cemitério, participar da missa e rezar pelos que já partiram.

“Enquanto nós continuamos aqui peregrinando nessa terra, devemos almejar a vida eterna e construir aqui na terra o Reino de Deus, que vivenciaremos de maneira plena no céu. Por isso, nós rezamos por nossos entes queridos, para que estejam na eternidade ao lado de Deus e na certeza de que um dia nos encontraremos com eles”, escreveu dom Orani Tempesta.

 

O Diretório de Liturgia da Igreja no Brasil detalha as indulgências concedidas:

      1. Aos que visitarem o cemitério e rezarem, mesmo só mentalmente, pelos defuntos, concede-se uma Indulgência Plenária, só aplicável aos defuntos: diariamente, do dia 1º ao dia 8º de novembro, nas condições de costume, isto é: confissão sacramental, comunhão eucarística e oração nas intenções do Sumo Pontífice; nos restantes dias do ano, Indulgência Parcial (Enchir. Indulgentiarum, n. 13).
      2. Ainda neste dia, em todas as igrejas, oratórios públicos ou semi-públicos, igualmente lucra-se uma Indulgência Plenária, só aplicável aos defuntos: a obra que se prescreve é a piedosa visitação à igreja, durante a qual se deve rezar a Oração dominical e o Símbolo (Pai nosso e Creio), confissão sacramental, comunhão eucarística e oração na intenção do Sumo Pontífice (que pode ser um Pai Nosso e Ave Maria, ou qualquer outra oração conforme inspirar a piedade e devoção).

Sobre a forma do item n. 1 acima, a Penitenciária Apostólica decidiu prorrogar as indulgências para todo o mês de novembro, não apenas para os oito primeiros dias do mês, conforme fez no ano passado. A medida deve-se à pandemia do novo coronavírus e às medidas de restrições.

Fonte CNBB

Foto Cathopic

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