Como refere o Catecismo da Igreja Católica em seu número 1232, o Concílio Vaticano II “restaurou, para a Igreja latina, «o catecumenato dos adultos, distribuído em várias fases». O respectivo ritual encontra-se no Ordo initiationis christianae adultorum (1972). Aliás, o Concílio permitiu que, «para além dos elementos de iniciação próprios da tradição cristã», se admitam, em terras de missão, «os elementos de iniciação usados por cada um desses povos, na medida em que puderem integrar-se no rito cristão».
Nesse rito de iniciação cristã para os adultos a formação é gradual, progressiva, através de passos que o catequizando vai tomando a cada etapa. A formação dos catecúmenos não deve ser apenas intelectual, mas vital, existencial e eclesial. Ao mais profundo conhecimento de Deus e de Cristo deve corresponder um esforço contínuo de renovação da própria vida, esforço que a Igreja apoia santificando por meio de bênçãos, exorcismos, escrutínios, eleição… A grande finalidade do catecumenato é a conversão de cada fiel que percorre esse itinerário de formação cristã. Entende-se que a cada etapa de formação, o catecúmeno vá progredindo na busca de conversão contínua, gradual, progressiva, sempre mais profunda.
Depois de vários anos, sempre propondo uma decisiva formação aos fiéis, os bispos do Brasil, reunidos em Assembleia Geral, trouxeram para todas as dioceses, uma proposta de um catecumenato diocesano, embasado no RICA – uma proposta catequética integrada, sistemática, litúrgica e progressiva para crianças, jovens e adultos. Em 2006, já havia sido aprovado o Diretório Nacional de Catequese que optou por motivar e afirmar a importância da Catequese inspirada no processo catecumenal[1].
Através do documento número 107, a CNBB lançou proposta a ser implantada sobre iniciação à vida cristã, aprovada na 55ª Assembleia Geral. O documento oferece novas disposições pastorais para a iniciação à vida cristã, presente nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora desde 2011. Para os bispos, a dedicação em torno da temática revela o propósito de “buscar novos caminhos pastorais e reconhecer que a inspiração catecumenal é uma exigência atual”.
A inspiração catecumenal permitirá formar discípulos conscientes, atuantes e missionários. Sabemos que para acontecer esse precioso projeto em nossas paróquias, é necessário um requisito fundamental: a conversão de cada evangelizador e catequista. A pedido dos bispos e Igrejas particulares, em 2014, foi elaborado o Itinerário Catequético: Iniciação à vida cristã.
Na Assembleia Geral de 2017 foi aprovado o texto proposto. Segundo a introdução desse documento 107 da CNBB, “esse caminho proposto permitirá formar discípulos conscientes, atuantes e missionários” (introdução, n. 07).
Fonte: Vatican News